JCP quer melhores condições no Ensino Superior - TVI

JCP quer melhores condições no Ensino Superior

  • Portugal Diário
  • 6 mar 2008, 18:02

Jovens comunistas recolheram assinaturas junto de universitários

Relacionados
A Juventude Comunista Portuguesa (JCP) terminou esta quinta-feira uma recolha de assinaturas por todo o país para exigir ao Estado a melhoria de condições no ensino superior. A petição vai ser entregue na Assembleia da República, noticia a agência Lusa.

Na Cantina Velha da Universidade de Lisboa, perto de uma dezena de jovens comunistas recolheram assinaturas e conversaram com os estudantes sobre os problemas que os jovens têm sentido.

Militares obrigados a rever cursos

Os cursos com mais desempregados

No texto da petição os jovens comunistas consideram que este é um «momento em que se assiste a um crescente ataque ao Ensino Superior público e democrático, à elitização decorrente das propinas e do Processo de Bolonha e em que se encaminham as instituições do Ensino Superior para a privatização».

«Recolhemos milhares de assinaturas durante os meses de Janeiro e Fevereiro em todo o país, que vamos entregar na Assembleia da República numa data ainda a decidir», disse à agência Lusa Helena Barbosa, da organização do Ensino Superior de Lisboa da JCP e aluna da Faculdade de Letras.

A petição defende que a frequência em avaliação contínua não impossibilite o aluno de fazer o exame final, ou seja, que os estudantes possam escolher o modo como são avaliados.

Exige também a divulgação dos critérios de avaliação das provas e que seja implementado o anonimato nas mesmas, o alargamento dos horários das bibliotecas ao horário pós-laboral e fins-de-semana e o fim das taxas e emolumentos, como a taxa de mudança de disciplina (30 a 50 euros, segundo Helena Barbosa) ou o diploma de fim de curso (que ultrapassa os 100 euros).

«Estamos num período de exames, que é um período mais difícil, mas em que os alunos estão também mais atentos aos problemas das suas faculdades», explicou a responsável da JCP.

Problemas no Processo de Bolonha

«Temos tido grande receptividade porque os estudantes sentem muitos problemas e em cada escola por onde passámos deparámos-nos com uma realidade e problemas específicos», disse Helena Barbosa à Lusa, exemplificando que na Faculdade de Belas Artes e na Faculdade de Letras há alunos dos anos de transição para o regime de Bolonha obrigados a repetir cadeiras que já tinham feito.

O processo de Bolonha quer atribuir mais ênfase ao trabalho do aluno, através de uma aprendizagem activa, mas a JCP alerta agora para a sobrecarga de testes e trabalhos que se sente em várias faculdades do país, que atribuem, nomeadamente, à falta de comunicação e coordenação entre as várias cadeiras.

Outros dos problemas que os jovens identificaram nos cursos que adoptaram o processo de Bolonha ou que estão em fase de transição são a sobreposição de aulas e o facto de haver disciplinas com excesso de alunos enquanto outras poucos têm.
Continue a ler esta notícia

Relacionados