Antigo treinador de futsal começa a ser julgado à porta fechada - TVI

Antigo treinador de futsal começa a ser julgado à porta fechada

Infantil

Arguido acusado de crimes de abuso sexual de menores

O julgamento de um antigo treinador de futsal do Vale Milhaços, no Seixal, acusado de crimes de abuso sexual de menores começou, esta quarta-feira, no Tribunal de Almada, à porta fechada, só tendo sido autorizada a presença de testemunhas.

Os familiares das alegadas vítimas compareceram no local para a primeira sessão do julgamento, mas alguns não puderam assistir por não irem prestar testemunho.

O julgamento começou de manhã no 2.º juízo criminal com a presença de dezenas de testemunhas, algumas das quais deverão ser esta quarta-feira ouvidas nesta primeira audiência que decorre hoje durante todo o dia.

O antigo treinador de futsal do Vale Milhaços, acusado de abuso sexual de 17 menores, terá violado pelo menos quatro crianças, segundo o pai de uma das vítimas, que falava junto ao tribunal.

«Sentimos uma revolta intensa muito grande. Há pelo menos quatro crianças que foram violadas e que estão muito mal tratadas, tanto em termos físicos como psicológicos», disse.

«Fui alertado pelo pai de outra criança que estranhou as mensagens trocadas pelo filho no Facebook, pelo que decidi ver também as mensagens do meu filho, mas como só encontrei conversas normais pensei que não havia nada com ele», acrescentou o pai de uma outra criança, posteriormente surpreendido por saber que o filho também teria sido alvo de abusos sexuais.

Só mais tarde, com a investigação, disse, é que o filho contou os abusos.

Alguns familiares de algumas crianças que hoje prestaram declarações à comunicação social não sabem ainda se irão avançar com pedidos de indemnização e alguns consideram que é impossível fazer justiça neste tipo de casos porque as crianças ficam traumatizadas para o resto da vida.

«Nenhum pai desconfiava que isto pudesse estar a acontecer porque os nossos filhos estavam com ele praticamente todos os dias e nós não suspeitávamos de nada», disse à Lusa o familiar de uma outra criança, acrescentando que este «é um caso em que não se pode fazer justiça».
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