Condenado a 10 anos por tentar matar

O Tribunal de Leiria condenou esta sexta-feira a dez anos e três meses de prisão um homem suspeito de tentativa de homicídio qualificado de um empresário, proprietário de um posto de combustíveis, noticia a Lusa.

O colectivo de juízes, presidido por Teresa Oliveira, considerou que Nelson Palma atropelou o empresário com «intenção de o matar» depois da vítima se ter colocado à frente da carrinha que conduzia quando tentava sair do posto sem pagar combustível.

A 07 de Março do ano passado, o arguido foi a um posto de combustíveis para tentar encher sem pagar um recipiente de gasolina - o objectivo último era o de ganhar dinheiro para consumir heroína - mas o proprietário das bombas tentou pará-lo e acabou por ser atropelado violentamente.

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Quando estava a abastecer, o arguido, que seguia numa carrinha com mais duas pessoas que estavam acusadas de furto e de falsificações, foi reconhecido por um funcionário do posto - por lá ter ido anteriormente - e acabou fugiu sem pagar o combustível mas causando ferimentos muito graves na vítima. Durante vários dias, o empresário esteve em estado crítico com múltiplas fracturas e danos internos, já que a carrinha lhe passou por cima.

Nelson Palma foi condenado pela tentativa de homicídio, falsificação (de uma matrícula) e furto de combustível enquanto que a sua companheira foi condenada apenas por furto a 90 dias de serviço comunitário. Já o terceiro arguido veio a ser absolvido dos crimes de furto.

«Ainda faço alguma asneira»

Os três arguidos só vieram a ser detidos dias depois em Idannha-a-Nova, para onde fugiram após o assalto ao posto de Leiria que resultou na tentativa de homicídio. Para a juíza-presidente, o principal arguido nunca «mostrou um real arrependimento» porque nunca assumiu que viu a vítima quando o atropelou.

Ao longo das sessões, o arguido alegou sempre que não se apercebera da presença da vítima à frente da carrinha mas as declarações de outras testemunhas bem como as imagens das câmaras de vídeovigilância levaram o colectivo a concluir que Nelson Palma actuou com «intenção de matar» o empresário.

Depois de conhecer a sentença, Nelson Palma mostrou-se alterado e pediu a um guarda prisional para lhe colocar algemas antes de fizesse «alguma asneira». Já depois de a juíza-presidente sair da sala, Nelson Palma insultou o sistema judicial e os jornalistas presentes na sala, visivelmente afectado pela condenação.