Consumidores não estão a «açambarcar» peixe - TVI

Consumidores não estão a «açambarcar» peixe

Pesca - Foto Lusa

Ainda não há falta de pescado nos mercados no primeiro dia de greve

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Bancas cheias de peixe, consumidores tranquilos e vendedores convencidos de que estão a vender mais, é esta sexta-feira o cenário dos mercados e supermercados, em Benfica, no primeiro dia de greve de pescadores e armadores, informa a agência Lusa.

O mercado de Benfica, em Lisboa, estava bem abastecido de peixe e de várias variedades, apesar de se verem poucas sardinhas, um pouco à semelhança do que foi possível verificar em mais dois supermercados e um hipermercado desta zona da cidade.

Aristides Correia, vendedor no mercado que explora a única banca que às 10:30 estava já vazia, disse estar convencido que muitas pessoas compraram a mais esta sexta-feira, com medo que o peixe falte nos próximos dias.

Este comerciante diz-se plenamente convicto que o pescado não vai faltar, até porque «mais de metade do peixe fresco grosso (pargo, garoupa, corvina e safio) que se vende em Portugal vem do estrangeiro, por avião, muito bem acondicionado».

No entanto, poderão faltar os peixes pescados em Portugal, designadamente a sardinha, as lulas, os chocos e polvos e o tamboril. «Por exemplo hoje, já não tive sardinha para vender», contou.

Restaurantes reagem à falta de peixe

Apesar deste testemunho, a totalidade dos consumidores encontrados nos vários postos de venda garantiram que não vão «açambarcar» e que caso falte, há outras alternativas, como o peixe congelado, o de aquacultura e o bacalhau.

Embora esta sexta-feira seja o «Dia do Mar» no hipermercado do Centro Comercial Colombo nota-se, segundo um dos funcionários da peixaria, que se está «a vender muito mais».

Quanto ao preço do peixe, vendedores e consumidores não evidenciam para já qualquer alteração, embora a receiem. Mesmo assim, uma compradora do mercado de Benfica notou que a semana passada tinha comprado a pescada a 6 euros e que esta sexta-feira estava a 10.

Garantindo que não alterou os seus preços, uma das vendedoras do mercado esclareceu compreender os motivos da greve dos pescadores e armadores porque gasta diariamente 15 euros para se deslocar de carro ao Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, em Loures, quando «há bem pouco tempo gastava 10».
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