A greve das pescas prevista para começar à meia-noite desta quinta-feira em protesto contra o aumento dos combustíveis antecipou o regresso das embarcações de arrasto à lota de Olhão, mas os preços não inflacionaram, constatou a Lusa.
Os quatro arrastões que deveriam aportar hoje à noite na doca de Olhão foram chegando ao longo do dia e o último deles, «O Lobo», é esperado ao fim da tarde, disse à Lusa uma fonte da lota local.
«Avisámos os nossos associados de que deveriam acostar mais cedo e eles estão a fazer isso», disse à Lusa o presidente da Associação de Armadores de Pesca do Sotavento Algarvio, António da Branca.
Sublinha a propósito que o pré-aviso de greve engloba todos os pescadores, sejam da pesca de arrasto, do cerco, ou artesanal, embora estes últimos ¿ a maioria dos profissionais de pesca ¿ só saiam para o mar de madrugada e regressem à tarde, pelo que os que hoje saíram já se encontram todos em terra.
Convicto de que «mais vale estar parado do que perder dinheiro todos os dias», o líder associativo anuncia que ele e os colegas deverão fazer alguns piquetes, para evitar desembarques indesejados ao longo dos próximos dias.
«Não é uma ameaça mas também não deixa de ser», enuncia António da Branca, que aconselha eventuais «fura-greves» a descarregarem no largo da Câmara Municipal de Olhão, de maioria socialista.
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Greve de pescadores: barcos já pararam
- Redação
- 29 mai 2008, 22:19
![Pesca - Foto Lusa](https://img.iol.pt/image/id/10666253/1024.jpg)
Paragem do sector está prevista para a meia-noite, mas algumas embarcações já aportaram
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