Junta médica diz que doente tem de trabalhar

A funcionária pública de Ponte de Lima que exige a reforma antecipada por causa dos seus problemas de saúde vai ter de voltar ao trabalho amanhã, noticia a RTPN.

De acordo com o canal televisivo, esta decisão da Caixa Geral de Aposentações acontece depois de conhecidos os resultados da nova junta médica a que Ana Maria Brandão foi sujeita, depois de o ministro das Finanças ter anunciado que a funcionária da junta de freguesia de Vitorino de Piães iria entrar novamente de baixa, na sequência da mediatização do caso, no início deste mês.

A funcionária estava de baixa há três anos devido a uma operação cirúrgica mal sucedida a uma hérnia discal, em 1998, que a obriga a usar um colar cervical dia e noite, uma braçadeira no braço direito e uma cinta lombar. No início deste mês o seu caso chegou aos meios de comunicação, depois de ter sido notificada pela Caixa Geral de Aposentações para se apresentar ao serviço.

No mesmo dia em que estava previsto voltar a trabalhar, o ministro Teixeira dos Santos, anunciou que Ana Maria Brandão iria entrar novamente de baixa médica até que a CGA procedesse à reapreciação do caso. Os resultados dessa avaliação foram agora divulgados, e de acordo com a RTPN determinam um regresso de trabalho, por parte da funcionária.

No passado dia 20, depois de ter sido examinada, a funcionária contou como foi feita a avaliação. «Não me fizeram quaisquer exames, mas apenas muitas perguntas, nomeadamente sobre como começou a minha doença, e mandaram-me embora para casa, sem me dizerem se vou para a reforma ou não. Resta-me aguardar pacientemente pela decisão, mas espero que isto acabe de uma vez por todas», referiu na altura à Lusa aquela funcionária pública.

Ana Maria diz não conseguir escrever, virar uma página de um livro ou jornal, abrir uma porta, pegar numa pasta, andar mais de 20 metros sem ajuda ou ir à casa de banho sozinha.