Contentores: «Espero que MP e PJ trabalhem para que assunto seja esclarecido»

O ministro das Obras Públicas disse este sábado esperar que o «Ministério Público e Polícia Judiciária trabalhem para que o assunto relativo ao porto de Lisboa seja esclarecido».

António Mendonça avançou ainda que já foram dadas «instruções específicas à Administração do Porto de Lisboa (APL) para discutir os investimentos feitos pela Liscont, para que sejam tomadas decisões relativas a essa matéria».



As declarações do governante surgem na sequência do relatório do Tribunal de Contas que concluiu que o ministério das Obras Públicas tinha feito um mau negócio para o Estado e dado um mau exemplo de gestão financeira ao sector público ao prolongar o contrato com a Liscont de 2015 até 2042, sem abrir concurso público.

Entretanto, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) fez, sexta feira, buscas na APL, na sede da Liscont, empresa do grupo Mota-Engil que opera no terminal de Alcântara, no Instituto dos Portos e na Sotagus (Terminal de Contentores de Santa Apolónia SA), também propriedade da Mota-Engil.

António Mendonça, que falava à margem da inauguração do novo Terminal Multiusos do Porto de Leixões, esclareceu ainda que, e caso «não haja concordância em relação a esta matéria», poderá ser criada, posteriormente, «uma comissão arbitral».

Nesta altura, o que «preocupa» o Governo em relação ao Porto de Lisboa é «criar todas as condições» para que aquela estrutura «desenvolva todas as suas actividades com normalidade e de acordo com as solicitações que tem», disse António Mendonça.

A terminar, o ministro garantiu que o seu ministério «está a acompanhar todo este assunto».