Noite: PSP «ignora» pedidos de policiamento - TVI

Noite: PSP «ignora» pedidos de policiamento

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Estabelecimento nocturno do Porto espera há um mês autorização de policiamento gratificado

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Um estabelecimento nocturno do Porto espera há um mês que a PSP autorize um policiamento gratificado, nos termos do acordo celebrado em Fevereiro deste ano entre os operadores do sector e o Ministério da Administração Interna (MAI).

O facto é referido pela Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) em carta enviada segunda-feira ao Ministério da Administração Interna e divulgada à Lusa.

O presidente da ABZHP, António Fonseca, disse que o pedido foi formalizado em 15 de Maio, continuando sem resposta.

O operador do sector pediu à PSP o policiamento gratificado da artéria fronteira ao seu estabelecimento, na zona industrial do Porto, três noites por semana e por tempo indeterminado, contou o dirigente.

Na carta a Rui Pereira, a ABZHP pede o empenho do ministério na satisfação do objectivo pretendido.

Sublinha que a pretensão é um «contributo dos empresários no sentido de salvaguardar a segurança dos transeuntes, dos frequentadores dos espaços de animação nocturna, bem como das comunidades adjacentes».

Acordo feito em Fevereiro

Em Fevereiro deste ano, a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto e o MAI acordaram a possibilidade de policiamento da PSP nas área de diversão nocturna, em serviços realizados por policiais fora das horas normais de serviço e pagos pelos requerentes.

O acordo surgiu como forma de ajudar a combater o sentimento de insegurança na noite portuense, gerado na sequência de quatro homicídios alegadamente em resultado de ajustes de contas entre grupos de segurança privados.

Na altura, ficou acordado que os estabelecimentos que requeressem o patrulhamento pagariam 30 euros por cada quatro horas de patrulhamento e por cada agente.

Uma fonte ligada à investigação dos crimes da noite no Porto concordou que a melhor forma de evitar os crimes associados à noite é impor aos estabelecimentos o recurso aos serviços gratificados da PSP, em alternativa à segurança privada.

«São espaços na sua maior parte desregulados, de alguma explosividade e elevada perigosidade que bem o justificavam», argumentou a fonte, contrapondo que os seguranças privados, em geral recrutados a prazo, tendem a valorizar o interesse do estabelecimento e não o da segurança pública.
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