Ferrari: MP não relaciona morte com crimes da noite

O Ministério Público não relaciona a morte do alegado informador da PJ, Carlos Almeida, num acidente de viação, com os crimes na noite do Porto e a equipa especial da procuradora Helena Fazenda, nomeada para coordenar as investigações aos ilícitos envolvendo seguranças do Porto, nem sequer avocou o processo.

Segundo fonte oficial da Procuradoria-geral da República, em declarações ao PortugalDiário não é conhecida qualquer conexão entre este acidente e os crimes que motivaram a operação «Noite Branca».

Noite Branca: informador da PJ autopsiado

Acidente mata informador da PJ

«Não é conhecida, por ora, qualquer conexão, subjectiva ou objectiva, com a criminalidade em causa», referiu a fonte da PGR, numa alusão também ao tiroteio à porta do bar-discoteca «Bela Cruz», de que resultou um ferido grave. «Não existe qualquer inquérito avocado», sublinhou.

Autpósia e perícias da PJ sustentam tese de acidente

A autópsia ao corpo de Carlos Almeida, o alegado informador da PJ sobre os crimes na noite do Porto, não detectou explosivos ou qualquer outro tipo de elementos que permitam apontar uma morte de origem criminosa, revelou ao PortugalDiário fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, a morte ter-se-á ficado a dever ao impacte das colisões e à posterior carbonização.

O proprietário do stand de automóveis Finicar morreu na madrugada de segunda-feira num acidente de viação na A4, em Ermesinde. O carro, um Ferrari, incendiou-se e o condutor morreu carbonizado.

A hipótese de acidente ganhou consistência, já que nos exames periciais realizados à viatura acidentada nada de anormal terá sido detectado que faça levantar a suspeita de um crime doloso.

No local foram detectados sinais de derrapagem e travagem, indiciando que o carro poderia ter sofrido um despiste motivado por excesso de velocidade, seguido de tentativas de travagem.