Mais assaltos nas cidades - TVI

Mais assaltos nas cidades

Mais assaltos nas cidades

Nos primeiros três meses, PSP registou mais assaltos a postos de combustível. Na maioria dos casos os criminosos roubam com recurso à arma de fogo, entre as 20h e as 24h. Governo apresenta novo sistema com botão de emergência

Relacionados
No primeiro trimestre deste ano houve mais assaltos a postos de combustíveis nas zonas urbanas, isto é, na aérea de intervenção da PSP. Já nas zonas rurais, da responsabilidade da GNR, como em Benavente, são registados menos roubos em relação ao ano anterior. Num dos casos um funcionário foi manietado e sequestrado pelos assaltantes.

Em três meses a PSP registou 31 assaltos, mais seis que em igual período no ano anterior. Na aérea da GNR ocorreram 38 assaltos à mão armada contra 44 no primeiro trimestre de 2006. Dados a que o PortugalDiário teve acesso e que indicam que no conjunto das forças de segurança a tendência é a mesma do ano anterior.

Segundo a análise da PSP, a maior parte dos crimes, 59 por cento, ocorre com recurso à arma de fogo. Também a GNR tem um maior número de assaltos com arma de fogo, mas resista também um roubo com ameaça de seringa e um com recurso a violência física. A segunda arma mais vezes utilizada neste tipo de assalto é a arma branca.

Este crime foi sobretudo cometido por um ou dois criminosos (53 por cento dos casos segundo dados da PSP). Casos como o de Benavente em que o assalto foi perpetuado por cinco suspeitos são menos frequentes.

Segundo a análise efectuada pela GNR, nos primeiros três meses deste ano, a maior parte destes roubos ocorreu entre as 20h e as 24h. Em 15 casos os suspeitos fugiram de automóvel, em 16 fugiram a pé e em quatro fugiram de mota.

No primeiro trimestre os assaltos não fizeram vítimas mortais. Há apenas registo, na aérea da PSP, de um roubo em que os suspeitos sequestraram o funcionário do estabelecimento para conseguirem os seus intentos.

Botão de emergência e GPS

O governo apresentou esta quarta-feira um novo sistema de alarme em casos de assaltos a bombas de gasolina. O secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães, quer utilizar a tecnologia para combater o crime.

Os postos de abastecimento vão estar georeferenciados num mapa a que as forças de segurança terão acesso. Quando ocorrer um assalto o funcionário poderá accionar o botão de emergência que de imediato envia a localização do assalto para as forças de autoridade. Permitindo encurtar o tempo de resposta.

Em cima da mesa está ainda a possibilidade dos funcionários poderem pedir às forças de segurança informação sobre matrículas de veículos suspeitos. A confirmação de que se trata, por exemplo, de um veículo furtado pode levar as autoridades ao local antes de qualquer assalto.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) exigiu novas medidas ao Governo e depois da última reunião saiu «muito satisfeita». Virgílio Constantino, vice-presidente, disse ao PortugalDiário que a reunião correu «muitíssimo bem» e que as propostas do MAI eram «concretas, detalhadas e muito avançadas».
Continue a ler esta notícia

Relacionados