Sem adiantar os motivos para a demissão, a mesma fonte adiantou que «a decisão [da demissão] partiu da Câmara de Lisboa e foi conhecida hoje [terça-feira]».
António Júlio de Almeida era presidente da EMEL desde 2009.
Segundo a edição online da revista Sábado, «uma das razões para a saída [do presidente da EMEL] teria a ver com um processo de despedimentos que estava para ser posto em prática, mas que acabou por não avançar».
Mas o até agora presidente da EMEL rejeitou estas alegações, em declarações à agência Lusa, lembrando que a empresa «tem os resultados mais elevados de sempre» e «aumentou o património líquido em cerca de seis vezes em seis anos».
António Júlio de Almeida afirmou que a EMEL «tem um ‘cash-flow’ brutal e tem uma taxa de rentabilidade por acionista na casa dos 30%» e, por isso, falar de gastos indevidos só pode ser «boatos ou má-fé».
Quanto à questão dos despedimentos, disse tratar-se apenas de um «processo de rescisão» com quatro funcionários, que, segundo o próprio, nada tem a ver com a sua demissão.
«Havia um processo em curso de rescisão de pessoas que não fazem nada na empresa e que ganham bastante. Era um processo de reorganização interna e de extinção de quatro postos de trabalho. Não é nada disso que está em causa.»
O até agora presidente da EMEL afirmou que a sua demissão do cargo constitui o fecho de um ciclo depois da recuperação efetuada na empresa pela necessidade de adotar «nova alma» e assegurou que a sua saída se deve a «coisas [que] são normais».
«Fechou-se um ciclo, estou há seis anos na empresa. Fiz o trabalho que me pediram, recuperei a empresa, orientei-a, internacionalizei-a, modernizei-a tecnologicamente, pu-la a ganhar dinheiro. Agora é o momento próprio de me substituir e de dar nova alma à empresa.»
Agora, acrescentou, «há que abrir outro ciclo e escolher outras pessoas. É normal isto, não tem nada de especial, nada de particular. Não procurem nisto razões que não existam. São razões absolutamente normais.»