O também Ex-vice-presidente do Sporting está, agora, em casa com pulseira eletrónica, em regime de prisão domiciliária. Paulo Pereira Cristóvão terá sido libertado terça-feira ao final do dia.
A informação da libertação já foi confirmada à TVI pelo seu advogado, Paulo Farinha Alves, que se escusou a adiantar mais pormenores sobre os motivos.
Recorde-se que Paulo Perereira Cristovão estava no estabelecimento prisional de Évora desde o início de março.
Estava em prisão preventiva por suspeita de "fornecer informações úteis aos autores materiais" de crimes de roubo e sequestro na zona de Lisboa e Setúbal. Sob ele recaem indícios dos crimes de associação criminosa, roubo e sequestro.
A sua detenção ocorreu no âmbito de uma investigação que, em julho de 2014, já tinha levado à detenção de 12 pessoas, incluindo três polícias.
O grupo foi desmantelado por elementos da Unidade Nacional Contra o Terrorismo (UNCT) da PJ, por indícios de associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.
Segundo a PJ, o grupo criminoso dedicava-se "a sinalizar potenciais alvos para os roubarem no interior das suas residências, simulando tratar-se de verdadeiras ações policiais a cumprir buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo alguns deles utilizado, em certas ocasiões, as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as atuações".
Na mesma altura, a PJ referiu que os crimes ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, tendo em alguns dos casos sido utilizada a violência e a coação para que as vítimas fornecessem informação sobre os locais onde se encontravam escondidas quantias monetárias, objetos e produtos com valor acrescentado.
Paulo Pereira Cristóvão, detido no âmbito da mesma investigação, foi vice-presidente do Sporting durante o mandato de Luiz Godinho Lopes, depois de ter sido candidato à presidência do clube, tendo perdido para José Eduardo Bettencourt.
Paralelamente, o antigo vice-presidente do Sporting está a ser julgado no caso que envolve o árbitro auxiliar José Cardinal, estando acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais, peculato, devassa por meio informático, acesso ilegítimo e denúncia caluniosa agravada.