Escola desmente informação da FNE - TVI

Escola desmente informação da FNE

Manifestação de professores (Foto Manuel de Almeida/Lusa - arquivo)

Conselho executivo da Frei João diz que visita de PSP foi ontem e não hoje

Relacionados
[Última actualização às 18h03]

Depois das notícias que deram conta da visita de agentes da PSP a algumas escolas, esta quinta-feira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) disse ao PortugalDiário, num primeiro contacto, que hoje haveria algumas escolas a serem visitadas. Numa segunda declaração, disse que tinha a informação de que seria apenas a EB 23 Frei João, em Vila do Conde. Esta escola disse ao PortugalDiário que foi visitada, mas «ontem, por volta das 9h30».

Ao final da manhã João Dias da Silva assegurou a este jornal: «Ainda hoje [sexta-feira], há escolas a ser visitadas pela PSP». O responsável sindical adiantou ainda que a FNE estava «a fazer um levantamento exaustivo do número de escolas» onde a PSP se deslocou. Contactado mais tarde, actualizou este dado: «Temos a informação de uma, ao princípio da manhã de hoje, a escola é a EB 23 Frei João, em Vila do Conde». «É a informação de que disponho», referiu.

Contactado pelo PortugalDiário, o presidente do conselho executivo desta escola, António Ventura, confirmou uma visita, mas desmentiu que tenha sido esta manhã. «Foi ontem, por volta das 9h30», afirmou, dizendo ter ficado «espantado» quando viu estes casos transformados em «problema nacional».

«O agente que passou na escola é um dos dois que costumam passar diariamente para tomar conta de ocorrências. Acabámos até por aproveitar a sua presença para tratar de um caso que nos preocupa», referiu.

António Ventura frisou que o agente o questionou sobre uma estimativa do número de autocarros que sairiam para Lisboa, este sábado, e de onde iriam partir, com a justificação de saber se seria necessário «tomar alguma providência relativamente ao trânsito».

O professor adiantou ainda que o agente é «uma pessoa que tem muito boas relações com a escola» e que lhe foi indicado que essa resposta seria da competência do sindicato, e que o agente disse que «passaria lá».

«A questão foi posta com uma tal naturalidade e tal franqueza que eu nem me lembrei mais disso», referiu, negando ter sido questionado sobre o número de pessoas.

O PortugalDiário voltou a contactar o dirigente da FNE para obter um comentário a esta informação. João Dias da Silva admitiu que os dados que forneceu poderiam não estar correctos. «O erro pode estar de quem me fez chegar a informação».

«Não houve indicação do Governo»

Em declarações ao PortugalDiário, Hipólito Cunha, porta-voz da Direcção Nacional da PSP, explica que «foram casos pontuais. Terá acontecido apenas em Ourém». E recusa que este seja «um caso político. Não houve indicação nenhuma do Governo».

PSP defende-se

A mesma fonte adiantou que «isto é um problema de comunicação. Não foi dada ordem para os agentes irem às escolas. Foi pedido aos comandos que fizessem um levantamento do número de pessoas, número de transportes, hora de chegada a Lisboa, para podermos garantir a segurança dos manifestantes, a circulação das pessoas e acautelar questões como, por exemplo, corredores para veículos de emergência».



Tendo esses dados sido fornecidos à polícia, esta quinta-feira de manhã, pelos sindicatos que organizam a Marcha da Indignação, o porta-voz da PSP esclarece que «o pedido foi feito aos comandos antes desta reunião e aliás, alertamos para a sensibilidade desta questão».
Continue a ler esta notícia

Relacionados