Milhares de professores voltam às ruas - TVI

Milhares de professores voltam às ruas

  • Portugal Diário
  • 29 fev 2008, 00:28
Prostesto de professores em Portalegre (Foto Lusa/Nuno Veiga)

Protestos em Aveiro e Portalegre de docentes vestidos de negro e velas

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A contestação às políticas do Ministério da Educação congregou esta quinta-feira cerca de três mil professores, que desceram a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, em protesto silencioso, trajando de escuro e de velas na mão, noticia a Lusa.

Empunhando tarjas e cartazes, archotes e velas, a manifestação dos docentes, a segunda que se realiza em Aveiro no espaço de oito dias, confluiu depois para a Praça Joaquim de Melo Freitas, onde foram explicados os motivos do protesto.

Professores de «luto» nas ruas

Após «Prós e Contras», ministra só dura 10 dias

«Nós, professores, queremos ser avaliados mas pretendemos que seja uma avaliação justa, transparente e exequível», declarou António Morais, o professor da EBI de Eixo que dinamizou o «luto» pelas condições na Educação que, há uma semana, trouxe à principal avenida da cidade a voz do descontentamento.

Na visão de António Morais, «a ministra reforma tanto que a Educação está em cacos e o que há de pé é graças à dedicação e empenho dos professores» e «estão a prejudicar gravemente os alunos porque o clima de perturbação crescente torna o acto pedagógico impraticável». Para aquele docente, a ministra da Educação pode ter a confiança do primeiro-ministro para continuar no cargo mas já perdeu a confiança dos professores.

Portalegre: a maior concentração de sempre

Em Portalegre, mais de 300 professores concentraram-se, esta quinta-feira à noite, em frente ao Governo Civil de Portalegre, na maior concentração de docentes alguma vez realizada nesta cidade alentejana, segundo os sindicatos, para dizer «basta» à política educativa do governo socialista,

«Esta é a maior concentração de professores alguma vez vista em Portalegre», garantiu à agência Lusa Joaquim Páscoa, presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS), afecto à FENPROF.

Fontes policiais apontaram aos jornalistas um número idêntico de professores presentes na concentração. Sem ostentarem cartazes com frases contra a política educativa, os professores ouviram Joaquim Páscoa declarar que «esta é uma luta contra o desrespeito que o Ministério da Educação tem lançado contra os professores».

«Esta é uma luta contra os horários asfixiantes, é uma luta contra a divisão de categorias e contra o processo de avaliação», afirmou o sindicalista. Para o presidente do SPZS, não está em causa «a queda da ministra», porque esse ponto está nas mãos do primeiro-ministro, mas sim «uma política diferente para a educação que não poderá ser com esta ministra».
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