OE2012: polícias preocupados com proposta do Governo - TVI

OE2012: polícias preocupados com proposta do Governo

Polícias em frente ao Parlamento [Foto: LUSA]

Sindicatos apontam contradição entre declarações do ministro da Administração Interna e a proposta do Orçamento do Estado

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Os sindicatos e associações profissionais das forças de segurança consideraram, esta segunda-feira, que o corte de 4,5 por cento no orçamento do Ministério da Administração Interna representa «um agravar» das «dificuldades» na PSP e GNR, que vivem atualmente no «limite».

Os maiores sindicatos da PSP e da GNR lamentam também que o orçamento do Ministério da Administração (MAI) seja «contrário» ao reforço anunciado pelo ministro Miguel Macedo. «Este orçamento contradiz aquilo que o ministro tem vindo a dizer», disse à agência Lusa o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, adiantando que esperava «um aumento da verba» para fazer face às atuais necessidades da PSP.

Segundo Paulo Rodrigues, este ano a polícia teve «dificuldades» para dar resposta «às necessidades básicas de funcionamento e despesa corrente», como a manutenção de viaturas e pagamentos do fardamento e à Caixa Geral de Aposentações. O sindicalista sublinhou que este orçamento o deixa «muito preocupado», podendo colocar a PSP «numa situação insustentável».

Prevendo contestação por parte dos polícias, o presidente da ASPP manifestou ainda esperança que pelo menos o orçamento para o próximo ano contemple as verbas necessárias para colocar todos os elementos da PSP nas tabelas remuneratórias aprovadas em Janeiro de 2010.

Para a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) deve haver «um equívoco» no orçamento, uma vez que o ministro da Administração Interna tinha anunciado o contrário, ou seja, um reforço. «Um corte de 4,5 por cento na segurança interna vem agravar as dificuldades que já se vive na GNR, que são de limite», disse à Lusa o presidente da APG, José Manageiro, considerando o orçamento «um péssimo sinal para o futuro».

José Manageiro sublinhou que este corte «poderá comprometer a atividade operacional das forças de segurança», num altura em que o país poderá «confrontar-se com tensões sociais e a intervenção das polícias poderá aumentar».
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