Taguspark: Zeinal Bava só soube do caso pelas notícias - TVI

Taguspark: Zeinal Bava só soube do caso pelas notícias

Administradores da PT «não se andam a controlar uns aos outros», garantiu

Relacionados
O presidente executivo da PT, Zeinal Bava, garantiu, no julgamento do processo Taguspark, relacionado com as contrapartidas dadas ao futebolista Luís Figo, que só teve conhecimento do caso pelas notícias.

«Fora disso não tive conhecimento», justificou Zeinal Bava, ao ser ouvido como testemunha no julgamento, que decorre em Oeiras, em que o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares, Américo Tomatti, à data dos factos presidente da comissão executiva do taguspark e João Carlos Silva, antigo administrador do polo de Oeiras, são acusados de corrupção passiva para ato ilícito.

Zeinal Bava recordou que Rui Pedro Soares integrou a comissão executiva da PT em 2006, mas sobre os factos em análise justificou que «cada membro» daquela comissão tinha a sua «especialização» e na PT os administradores «não se andam a controlar uns aos outros».

«Cada um faz aquilo que acha correto», observou, notando contudo que há mecanismos de controlo interno de custos.

A testemunha enfatizou que o futebol sempre foi muito importante para promover a PT junto das massas e disse saber que houve um contrato com os futebolistas Vítor Baía, Sá Pinto e Rui Costa, dos três grandes clubes nacionais, que previa o pagamento a cada um de uma verba entre 100 e 120 mil euros.

Questionado pelo procurador do Ministério Público se o valor do contrato (350 mil euros) assinado com Figo não era exorbitante, Zeinal Bava disse não poder avaliar a questão porque não conhece o teor do contrato, acrescentando: «Deus e o diabo vivem nos detalhes».

Sublinhou também que a PT aposta fortemente no marketing e publicidade, revelando que, no total, a empresa gasta por ano entre 20 e 30 milhões de euros, incluindo os patrocínios ligados aos clubes de futebol e publicidade televisiva e nos jornais.

A inquirição de Zeinal Bava ficou marcada por um episódio algo cómico, pois já se encontrava no interior do automóvel e fora do tribunal quando foi chamado pelo coletivo de juízes, porque, afinal, era necessáriio fazer umas perguntas sobre uma empresa.
Continue a ler esta notícia

Relacionados