Vai haver mais bacalhau

A quota de captura de Bacalhau de que Portugal dispõe na Zona Económica Exclusiva da Noruega subiu 5,4%, valor de uma negociação directa com aquele país.

A maratona de 20 horas negociais das pescas até às 6h30 desta terça-feira foi proveitosa para os pescadores portugueses, que ficam ainda sem redução no tamboril em vez do corte previsto de 25 por cento.

De acordo com a presidência portuguesa da União Europeia, citada pela agência Lusa, quase todas as reduções previstas nas capturas em águas portuguesas foram revistas em alta.

Também sem cortes nas quotas fica a pesca do biqueirão, que inicialmente deveria sofrer uma redução de 15 por cento.

As capturas do lagostim, que deveriam diminuir em 15 por cento, acabam por sofrer um corte de apenas 5 por cento.

A maruca e a sarda mantêm os cortes previstos por Bruxelas de 13 e 9 por cento. Já a quota de pescada, que estava previsto subir 10 por cento, aumentou para 15 por cento.



Pescadores queixam-se de penalização

A Associação dos Armadores de Pesca Industrial (ADAPI) considerou que o acordo de pescas alcançado esta terça-feira em Bruxelas vai penalizar os pescadores portugueses devido à redução dos dias de actividade.

Miguel Cunha, citado pela agência Lusa, referiu que apesar de ter aumentado para 15 por cento a quota na captura da pescada, contra os 10 por cento previstos inicialmente, os pescadores vão ter menos 21 dias de actividade anual. Este é o principal ponto de discórdia para a ADAPI sobre o acordo.

Miguel Cunha referiu que com o acordo o número de dias de pesca anual baixa de 216 para 195 dias, impedindo a actividade piscatória em mais 21 dias face a 2007.

O segmento de pesca da ADAPI é o arrasto e a pescada só representa 4 por cento do total de todo o peixe capturado anualmente.