Centenas de porcos roubados em Évora - TVI

Centenas de porcos roubados em Évora

  • Portugal Diário
  • 9 nov 2007, 12:49

GNR afirma que já foram identificados e inquiridos «alguns suspeitos»

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Cerca de «600 suínos» foram furtados nos últimos meses a um produtor pecuário do concelho alentejano de Mourão (Évora), num caso que está a ser investigado pela GNR, que já tem «vários suspeitos», escreve a Lusa.

Fonte da GNR, adiantou que o suinicultor apresentou queixa relativamente ao furto de um «levado número de animais» das suas explorações pecuárias perto de Mourão.

«Têm havido furtos, um deles no último mês», precisou o mesmo responsável, afirmando que o caso está «em investigação».

Outra fonte da GNR acrescentou que, inclusivamente, já foram identificados e inquiridos «alguns suspeitos», de entre outras diligências efectuadas.

O suinicultor, Raul Vinagre, revelou hoje que, de um efectivo de dois mil porcos de raça alentejana que possuía, já lhe foram roubados «mais de 600», tendo um dos últimos furtos, no mês passado, sido o maior e abrangido «220 animais».

«Os furtos começaram em Fevereiro e continuaram nos meses seguintes. Primeiro foram uns 20 animais, depois 30 ou 40, mas sempre pensei que fossem actos esporádicos», disse.

Raul Vinagre explicou ainda que, na altura, não apresentou queixa formal na GNR, mas informou sempre o posto de Mourão, até que, «há cerca de um mês, houve um furto muito grande, de 220 suínos e desapareceram outros 150 de outro lado».

«Passados mais uns dias, roubaram outros 80 e um caçador informou que tinha visto uma carrinha a carregar, de forma descarada, por volta das 10:00, esses animais», disse.

A juntar a este rol de furtos, o produtor pecuário frisou estar «ainda mais revoltado» porque, dias depois, «um dos empregados foi tratar dos porcos que estavam numa cerca e, ao notar um cheiro estranho vindo de um pequeno armazém, deparou-se com um número indeterminado de animais mortos».

«Foi uma cena macabra. Quem quer que os quisesse roubar, assustou-se e deixou-os nessa casa, onde morreram à fome e à sede», avançou, afirmando que os animais foram incendiados, por ordem do veterinário municipal de Mourão, para evitar contaminação de linhas de água.

«Os meus prejuízos já passam dos cem mil euros, se contabilizar a comida que tive de gastar para a engorda dos animais», afiançou Raul Vinagre, que se queixa de alguma «lentidão» por parte da GNR.

Os elementos policiais, disse, centrando as críticas no anterior comandante do posto de Mourão, «deviam ter tomado medidas logo em Fevereiro, mesmo sem a apresentação formal de queixa».

Por parte da GNR, uma das fontes contactadas pela Lusa recusou as críticas: «Só há crime se houver queixa. É natural que o efectivo tenha tendência para estar mais atento a alguma situação de que tenha notícia, mas não se podem executar determinadas diligências».

«Trata-se de furto simples e este tipo de crime obriga a que o proprietário apresente expressamente queixa. Além disso, como este crime não é da competência genérica da GNR, tivemos que aguardar que o Ministério Público (MP) nos delegasse a investigação», frisou.

O inquérito está nas mãos da GNR «desde o início desta semana» e, segundo a fonte, «alguns suspeitos já foram confrontados com os actos».

«Temos um suspeito garantidamente identificado, mas presume-se que hajam mais pessoas envolvidas», limitou-se a precisar, justificando não poder fornecer mais pormenores por se tratar de uma investigação em aberto.
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