Aumenta venda de medicamentos falsos - TVI

Aumenta venda de medicamentos falsos

  • Portugal Diário
  • 12 dez 2007, 16:48

Ameaça está a crescer, globalmente, devido à Internet

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A ameaça dos medicamentos contrafeitos está a aumentar globalmente sobretudo devido às vendas por Internet e alteração ilegal dos circuitos de distribuição, alertou hoje o presidente do Instituto de Segurança Farmacológica, Harvey Bale.

Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, o também director geral da Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas referiu que os inquéritos realizados mostram que os indivíduos com melhores habilitações literárias e de classes sociais mais altas estão a comprar cada vez mais medicamentos por via electrónica, o que aumenta os riscos de consumirem produtos alterados.

«É fácil comprar os medicamentos e não há muitos meios de controlo quando chegam nas encomendas postais», referiu. O crescimento das redes de contrafacção é outro motivo de preocupação para o responsável e as várias dezenas de representantes de países e organizações do sector da Saúde e Segurança reunidos entre hoje e quinta-feira, em Lisboa, para debater este tema numa reunião organizada pela Organização Mundial de Saúde.

«Pela Internet são comprados sobretudo medicamentos para a disfunção sexual, emagrecimento e hormonas de crescimento e até produtos para fazer crescer o cabelo. Mas no mercado global de contrafacções encontram-se anti-depressivos, fármacos para doenças cardiovasculares ou diabetes, vacinas e até dispositivos médicos», sublinhou Harvey Bale.

Na lista de exemplos dada à Lusa, o responsável referiu vacinas feitas com água vendidas no Quénia, vacinas falsificadas contra a malária na Tailândia, falsificação das bandas usadas nos testes de detecção de diabetes ou produtos usados em cirurgias.

«Nos países pobres, esses medicamentos são vendidos na rua ou dentro de autocarros e as pessoas gastam o pouco dinheiro que têm em produtos que não lhe fazem nada ou que as podem matar», avisou.

Nos países desenvolvidos, a taxa de comercialização de produtos adulterados não chega a um por cento, enquanto em países de África, América Latina, Sul e Sudeste Asiático pode oscilar entre os 10 e os 20 por cento.
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