IPO: falta de camas levou a adiamento de cirurgias todas as semanas - TVI

IPO: falta de camas levou a adiamento de cirurgias todas as semanas

De acordo com Paulo Macedo, as prioridades que foram comunicadas passaram pelo aumento da radioterapia e ao nível dos blocos operatórios

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O ministro da Saúde afirmou esta quarta-feira que nenhuma das prioridades apresentadas pelos administradores dos institutos portugueses de oncologia passou pela falta de camas.

Paulo Macedo respondia a uma questão colocada pela deputada socialista Idália Serrão, na Comissão Parlamentar da Saúde, sobre uma notícia avançada esta quarta-feira pela TSF de que «todas as semanas de 2014 tiveram cirurgias adiadas no IPO do Porto por falta de camas».

O presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e diretor do serviço de oncologia cirúrgica deste IPO falava numa progressiva falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para operar doentes com cancro, segundo a notícia da TSF.

Paulo Macedo disse que falou «pessoalmente» com os responsáveis dos IPO de Lisboa e Porto e que os secretários de Estado tinham falado com a instituição de Coimbra.

De acordo com o ministro, as prioridades que foram comunicadas por estes IPO passaram pelo aumento da radioterapia e ao nível dos blocos operatórios.

As camas não foram, por nenhuma das instituições, apontadas como prioridade, disse Paulo Macedo.

No IPO de Lisboa, o Governo aprovou um investimento de 7,6 milhões de euros para a radioterapia, sete milhões para o bloco operatório e também para o aumento da área de transplante de medula.

No IPO do Porto, o investimento passou pela instalação do acelerador linear e no bloco operatório (1,5 milhões de euros) e um milhão de euros nas áreas do software e hardware.

Paulo Macedo aproveitou ainda para citar um comunicado do presidente do IPO do Porto, segundo o qual o reagendamento das cirurgias (230 em 2014) se ficou a dever a questões várias, entre as quais as greves que se realizaram no ano passado.

«Não digo que não haja falta de camas», disse o ministro.

O secretário de Estado e Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, acrescentou com o aumento da atividade cirúrgica no país aumentou um por cento e ambulatória foi a maior de sempre.

«O número de doentes com cancro operados no país foi o maior de sempre e o tempo médio de espera teve uma redução significativa», disse.
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