Médicos lamentam atraso na grelha salarial - TVI

Médicos lamentam atraso na grelha salarial

Saúde (arquivo)

Processo encontra-se suspenso desde Setembro, denuncia Sindicato Independente dos Médicos

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou, esta segunda-feira, que o Governo se encontre há mais de seis meses para definir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.

«Devemos recordar que, desde Setembro, que estamos à espera que a ministra da Saúde e o ministro das Finanças tenham tempo para idealizar uma grelha salarial dos médicos que já hoje estão a trabalhar nas unidades de saúde», disse à Lusa o presidente do SIM, Carlos Arroz, quando questionado sobre o anúncio de que até 30 de Junho será apresentada uma «primeira proposta» de reorganização interna dos hospitais.

«Estamos disponíveis para falar sobre o futuro, mas talvez fosse mais importante encerrar definitivamente a contratação colectiva, tratando de criar as grelhas salariais que ficaram pendentes por motivo eleitoral», insistiu.

Carlos Arroz espera que a ministra da Saúde, «antes de abrir outros dossiers», possa encerrar este, que ficou suspenso em Setembro, em vésperas das eleições legislativas.

Frisando desconhecer qualquer proposta do Ministério da Saúde sobre a reorganização interna dos hospitais, o sindicalista diz no entanto que os médicos estão habituados a trabalhar por objectivos. «Os médicos têm uma enorme tradição de trabalhar por situações de contrato programa e de objectivos. As unidades de saúde familiar são um bom exemplo desse procedimento. Penso que se pretende transpor essa experiência também para os hospitais. Se for essa a situação estamos totalmente disponíveis», declarou.

Sobre a reestruturação das urgências hospitalares, o Sindicato dos Médicos elogia o processo, mas aponta o dedo à «qualidade dos meios disponíveis»: «o que se verifica com o encerramento dos serviços de atendimento permanente (SAP) é que os utentes vão depois ser encaminhados para urgências que estão a ser feitas por médicos totalmente indiferenciados. Isso é uma situação que nos preocupa muitíssimo, porque a indiferenciação não resulta em qualidade».
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