Gaia: homicida de Ano Novo entrega-se

O proprietário da shot-gun que terá disparado acidentalmente na passagem de ano e morto o Ricardo Cunha, de 23 anos, entregou-se à Polícia Judiciária do Porto, noticia o Correio da Manhã.

O alegado autor do disparo disse às autoridades que era amigo da vítima e que o disparo foi acidental. O homem alegou que não chegou a efectuar qualquer tiro, mas ao deixar cair a arma no chão, esta disparou automaticamente, atingindo a cabeça de Ricardo Cunha.

A vítima, desempregado de 23 anos, estava na companhia da namorada, quando, segundo a mãe, «assistia curioso» a uma tradição do Bairro da Praceta Futebol Clube de Perosinho, em Vila Nova de Gaia. O costume de festejar o novo ano com armas de fogo acabou por ter um preço caro para Ricardo Cunha, que viria a falecer já no Hospital de Santos Silva, também em Gaia.

Em relação ao facto de ter abandonado o local do incidente, o autor do disparo mortal define o gesto como uma atitude do momento, de alguém que está assustado. Porém, os remorsos terão prevalecido e o dono da caçadeira que tirou a vida ao jovem desempregado acabou por entregar-se à PJ do Porto.

A PJ já tinha ouvido as testemunhas do crime, inclusivamente a namorada de Ricardo Cunha, que estaria junto a ele na altura do incidente, e preparava-se para proceder a mais diligências, até que foi surpreendida pela confissão de ontem de manhã.

O PortugalDiário tentou confirmar esta informação junto da Directoria do Porto da PJ, mas até ao momento não foram dados quaisquer esclarecimentos.