Concertação Social: CGTP abandona reunião, CIP pode não assinar Código - TVI

Concertação Social: CGTP abandona reunião, CIP pode não assinar Código

José Sócrates (arquivo)

Começou mal o encontro decisivo. José Sócrates pediu desculpa e CAP regressou à reunião

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ACTUALIZADO ÀS 11H20]

Começou mal a reunião decisiva da Concertação Social para a revisão do Código de Trabalho. Poucos minutos após o seu início, o secretário-geral da CGTP abandonou o encontro, considerando que se trata de uma «encenação», pelo que não pretende assinar um acordo com as outras partes, nomeadamente com o Governo.

Enquanto José Sócrates pretende fechar o acordo esta quarta-feira, Carvalho da Silva rejeita essa intenção. «Foi-nos presente ontem um documento de 33 páginas, com centenas de artigos que precisam de análise profunda. O Governo pretende fundir artigos da totalidade do código, mas esta proposta significa perdas significativas para os trabalhadores, um enorme retrocesso social, por isso não podemos estar de acordo», referiu à saída da reunião.

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Quem também não está pelos ajustes é a CIP, que também ameaça não assinar o documento. Segundo Francisco Van Zeller «nada está garantido se o Governo não corresponder às exigências». «Ontem, às 20h, ainda estávamos a mandar alterações ao documento do governo. Se não forem aceites as alterações não é seguro que assinemos o acordo. São 40 e tal alterações importantes. Queremos a escrita completamente clara para não haver dúvidas», frisou o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa.

Do lado optimista está João Proença, da UGT: «Foi um processo negocial duro, longo, com a UGT a apresentar propostas. Alterações significativas que, esperamos, possam ser concretizadas».

Também José Sócrates está optimista e acredita num final feliz. «É muito importante para o país que haja acordo, dado tratar-se de um novo compromisso social. Queremos que haja mais negociação, mas esta é a nossa proposta final, após muitas reuniões. Espero que tenha sucesso», frisou o primeiro-ministro.

Quanto à ausência da Confederação de Agricultores Portugueses, José Sócrates já informou que pretende reunir-se para encontrar soluções e lamenta as declarações do ministro da Agricultura, Jaime Silva: «Lamento muito e espero que a CAP possa regressar rapidamente à concertação social, pois é um dos parceiros institucionais da maior importância. O Ministro teve oportunidade de esclarecer que as declarações foram um equívoco».

Entretanto, a CAP regressou à reunião, já depois destas declarações do primeiro-ministro
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