O relatório final do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal (EP), considera «preocupante» a situação económico-financeira da empresa nos anos de 2004 a 2006, destacando a falta de receitas próprias numa sociedade que terá de pagar as SCUT, informa a agência Lusa.
No relatório, divulgado no site do Tribunal de Contas, o órgão fiscalizador das contas públicas alerta para a necessidade da EP dispor de 9,574 mil milhões de euros em 2007 e anos seguintes. Estes meios monetários destinam-se a fazer face a compromissos assumidos, dos quais 3,153 mil milhões dizem respeito a rendas de portagens virtuais.
Entre 2008 e 2032, o Tribunal de Contas estima em 14,675 mil milhões de euros - a preços correntes e incluindo o IVA a 21 por cento - os pagamentos das rendas com as concessões das auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT).
Só em 2007, estas rendas ascendem a 520 milhões de euros, para atingirem um máximo de 735 milhões de euros em 2011, descendo gradualmente até 2026, para 525,4 milhões de euros.
Estas projecções do Tribunal de Contas deverão ser alteradas com a introdução de portagens reais em três das actuais SCUT, medida que o Governo mantém que pretende aplicar até ao final deste ano.
«A manter-se o actual montante de financiamento por parte do PIDDAC (779 milhões de euros, em 2006), de 2008 a 2011, tal investimento seria absorvido, entre 90 a 94 por cento, pelos pagamentos das rendas com as concessões das SCUT, decrescendo até 2026, ano em que, ainda assim, atingiria os 67 por cento», refere o relatório.
Situação da Estradas de Portugal é «preocupante»
- Portugal Diário
- 14 nov 2007, 00:27
Relatório do Tribunal de Contas aponta falta de receitas próprias
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