«Rei Ghob» diz-se «prejudicado» noutros processos - TVI

«Rei Ghob» diz-se «prejudicado» noutros processos

Francisco Leitão, conhecido como rei Ghob

Advogado de Francisco Leitão diz que a acusação de triplo homicídio está a influenciar as decisões dos tribunais nos processos mais antigos

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O advogado de Francisco Leitão, auto-intitulado «Rei Ghob», afirmou, esta segunda-feira, que as suspeitas de homicídio que recaem sobre o seu constituinte estão a influenciar as decisões dos tribunais nos processos mais antigos em que é arguido.

«Este homem não pode ser prejudicado por outros processos, mas pelos factos deste processo», afirmou o advogado, Fernando Carvalhal, nas alegações finais do julgamento, no tribunal de Peniche, em que Francisco Leitão está acusado de ter simulado um crime de furto de uma máquina giratória.

Fernando Carvalhal criticou ainda a justiça, ao afirmar que se está a «retroceder para pré-juízos negativos» por o arguido estar preso preventivamente à ordem de outro processo do tribunal de Torres Vedras (ainda em fase de inquérito), em que está indiciado do triplo homicídio de três jovens.

Neste sentido, e já à margem da audiência, disse aos jornalistas que vai pedir esta semana a nulidade do acórdão do tribunal da Lourinhã, que há três semanas condenou o arguido ao pagamento de quase três mil euros de multa por detenção de arma ilegal.

«Uma sentença não pode conter opiniões pessoais nem juízos de valor e ninguém pode ser condenado por ter um mandatário constituído nem por estar indiciado de um triplo homicídio», afirmou.

Esta segunda-feira, nas alegações finais em Peniche, Fernando Carvalhal exemplificou também com o relatório social do arguido requerido à Direção Geral de Inserção Social que, referindo-se ao processo do alegado triplo homicídio, conclui que o arguido «evidencia reduzida consciência da sua situação jurídica e das consequências que daí possam advir e revela fraca capacidade de descentração».
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