«Acabar com a pobreza já» - TVI

«Acabar com a pobreza já»

Favela no Rio de Janeiro

Organizações participam no Ano Europeu do Combate à Pobreza e acreditam que o problema pode ser resolvido

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Organizações envolvidas no Ano Europeu do Combate à Pobreza apostam em realçar a pobreza, acreditando que não se trata de uma fatalidade sem retorno, mas sim de um problema que pode ser resolvido, adianta a Lusa.

«Se calhar há dez anos falava-se da pobreza, toda a gente sabia que existia, mas era quase tida como uma fatalidade», declarou o director-geral da organização não-governamental (ONG) Oikos, João Fernandes. O tema do trabalho da Oikos, este ano, vai ser a crença na possibilidade de «erradicar as formas mais violentas da pobreza, que tornam as pessoas e as famílias dependentes do Estado, que lhes tira toda a autonomia, auto-estima e dignidade».

A Oikos quer mobilizar «todo o tecido social, as empresas, os cidadãos e as associações», numa aposta na recuperação das redes sociais desestruturadas e na tentativa de «recriar a solidariedade humana».

«A capacidade de sofrimento do ser humano é muito limitada. As pessoas que mais directamente estão afectadas pela pobreza muitas vezes acabam por baixar os braços ao fim de algum tempo, sem encontrarem muitos apoios, e aqueles que têm uma situação remediada ou até economicamente vantajosa muitas vezes preferem não ver, porque ver significa ter que agir», afirmou João Fernandes, acrescentando que no mundo de hoje, existe a possibilidade de qualquer família estar sujeita a uma situação de pobreza.

O presidente da Cáritas portuguesa, Eugénio Fonseca, sustentou que é necessária a criação de oportunidades para as pessoas ultrapassarem a pobreza. «O nosso lema vai ser acabar com a pobreza já. Não é para nós uma utopia, é possível desde que haja vontade política e a prestação dos cidadãos para que todos colaboremos no sentido de acreditar", afirmou.



A Cáritas tenciona levar um milhão de assinaturas ao Parlamento Europeu, reivindicando «medidas objectivas» ao combate à pobreza e à promoção de acesso a saúde, educação e trabalho.

O Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social inicia-se em Portugal no sábado, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
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