Incêndios: secretário de Estado garante reforço - TVI

Incêndios: secretário de Estado garante reforço

Incêndio (NUNO ANDRE FERREIRA/LUSA)

Filipe Lobo D`Ávila promete mais meios no terreno para resolver «situação excecional»

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O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D`Ávila, admite um reforço do dispositivo de combate a incêndios florestais durante o verão em caso de necessidade, mas garante que os meios são superiores aos de 2011.

«Não excluímos, de facto, que para fazer face a uma situação excecional tenham de ser adotadas medidas excecionais, não excluímos esse cenário. O dispositivo que agora é reforçado na fase Bravo e que vai ser novamente reforçado na fase Charlie é comparativamente ao que existia no ano passado, superior», disse à agência Lusa Filipe Lobo D`Ávila.

A fase Bravo de combate a incêndios florestais começa na terça-feira e prolonga-se até 30 de junho, seguindo-se, de julho a setembro, a Charlie, a mais crítica etapa e a que envolve mais meios humanos e materiais.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) está orçado este ano em 70,2 milhões de euros, dos quais 45 milhões de euros são para os meios aéreos, 17 ME para despesas com pessoal, 1,7 ME para combustíveis e 6,5 ME para despesas extraordinárias.

«Temos mais meios, embora o ano também seja atípico e de enorme sobrecarga de todo o dispositivo», sustentou, adiantando que diariamente é feita pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) «uma avaliação e monitorização das condições climatéricas e propagação de incêndios» e, em função dessa análise, serão tomadas «as medidas consideradas necessárias».

A fase Bravo de combate a incêndios florestais começa com mais de seis mil bombeiros operacionais, num ano atípico em que a área ardida já é cinco vezes superior à registada no período homólogo em 2011.

O secretário de Estado da Administração Interna defendeu também que os bombeiros voluntários têm de encontrar novas fórmulas de organização, avançando que o Governo está a trabalhar num novo modelo de financiamento.

Em declarações à agência Lusa, Filipe Lobo D¿Ávila disse que os bombeiros voluntários «não estão em causa», mas que «é preciso encontrar novas fórmulas de organização».

«Acho que o caminho não é a extinção do voluntariado, mas temos que iniciar um processo de reestruturação, que é incontornável e tem que começar pelos próprios interessados», adiantou.

O secretário de Estado sublinhou que na atual conjuntura que o país vive «é incontornável» a reestruturação.
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