Reconheceu atirador pelo «movimento dos calcanhares» - TVI

Reconheceu atirador pelo «movimento dos calcanhares»

Justiça

Agente da PJ, vítima do «Gangue de Valbom» identificou o atirador em tribunal

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O agente da Polícia Judiciária vítima do Gangue de Valbom , que sofreu amputação parcial de três dedos depois de atingido com um disparo de caçadeira, relatou esta quarta-feira ao tribunal ter sido capaz de identificar o atirador pelo seu «movimento característico de calcanhares», informa a Lusa.

«Pensei que ia ser um carjacking», contou hoje o agente ao colectivo de juízes do Tribunal de São João Novo, onde o gangue de 15 elementos está a ser julgado.

O incidente data de Abril de 2008 quando, pouco depois da meia-noite, o agente chegava a casa, na Maia, conduzindo um veículo em que também seguiam os dois filhos. Ao sair do carro, apercebeu-se de um veículo «em sentido contrário» e em «marcha lenta» que «estancou a marcha» ao seu lado.

Um indivíduo, encapuçado, saiu do veículo «cinzento» com uma caçadeira e disse «isto é um assalto». O agente ainda conseguiu «sacar» da arma, deu-lhe voz de «polícia» mas o indivíduo acabou por disparar, atingindo-lhe «a mão e o rosto».

«Sofri amputação parcial de três dedos e esfacelo», contou o agente, que foi já submetido a cinco cirurgias e aguarda outras duas.

Depois de ser atingido, procurou reter «o máximo de pormenores» do atirador e, além da estatura física, reparou que este tinha «uma forma estranha de andar» com «movimentos característico dos calcanhares».

Foi precisamente esse pormenor que o permitiu identificar um dos arguidos na sessão de reconhecimento na Polícia Judiciária.
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