Sondagem TVI: católicos a favor do aborto e eutanásia

Mais de metade dos católicos portugueses é a favor do aborto e da eutanásia. As respostas foram dadas na sondagem TVI -Intercampus que questionou os fiéis sobre temas polémicos como o casamento homossexual e a adopção de crianças por pessoas do mesmo sexo.

Os temas fracturantes separam opiniões, convicções e crenças. Quando se fala de casamento homossexual, a maioria dos fieis, 57%, está contra este tipo de união, mas 32% dos católicos diz ser a favor.

E é na questão da adopção por pessoas do mesmo sexo que os resultados mais se afastam. Com quase 73% dos católicos contra e 17,6% a favor. Quanto à eutanásia, o Vaticano rejeita. Já a maioria dos católicos portugueses 55% concorda com a legalização. 31% estão contra. Enquanto 14% não tem opinião definida ou não responde.

O aborto volta a dividir os seguidores do catolicismo com mais de 54% a dizerem que são a favor contra 36,5% contra. Mais pacífica a questão da utilização de contraceptivos para evitar a gravidez Com 95% dos católicos a favor.

As respostas à pergunta concorda com relações sexuais antes do casamento? Mostram uma comunidade católica menos conservadora. 84 % dos católicos respondem que sim. 11% defendem que relações sexuais só depois do sim na Igreja.

　E se o casamento correr mal? A maioria, 85% concorda com divórcio de pessoas casadas pela igreja.

Ficha técnica

Sondagem INTERCAMPUS para a TVI, realizada entre os dias 27 e 30 de Abril de 2010, com o objectivo de conhecer a opinião da população portuguesa sobre temas da actualidade.

Universo constituído pela população portuguesa, com mais de 18 anos, residente em Portugal Continental. Com recolha através de entrevista telefónica, a amostra é constituída por 803 entrevistas: 51,6% dos entrevistados do sexo Feminino, 48,4% do sexo Masculino, 31,5% dos entrevistados com idades entre os 18 e os 34 anos, 33,9% entre os 35 e os 54 anos e 34,6% dos indivíduos com mais de 55 anos. Por regiões 17,6% dos entrevistados residem no Norte Litoral, 13,3% no Grande Porto, 19,4% no Interior, 18,3% no Centro Litoral, 21,3% na Grande Lisboa e 10,1% no Sul. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 3,46%. Nos resultados de temas sobre política, e quando aplicável, é feita uma distribuição proporcional de registo de não respondentes, sem opinião e abstenção, passando a usar-se a expressão «Projecção».