A ministra da Saúde afirmou esta quarta-feira que não reconhece qualquer validade às conclusões da Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Valença, quando atribuíram a morte de um homem de 82 anos ao fecho do serviço de urgência local, noticia a Lusa.
«A única coisa que eu tenho que dizer à comissão é que eles não sabem de saúde o suficiente para poder fazer qualquer ilação ou tirar qualquer conclusão sobre a morte de um cidadão, da idade que tinha o senhor. Não lhes considero qualquer validade nos seus comentários», declarou Ana Jorge, no final da cerimónia que assinalou o Dia Mundial da Saúde, em Lisboa.
A Comissão de Utentes disse na terça-feira que o homem deu entrada de manhã no centro de saúde, com uma paragem cardio-respiratória, «não tendo recebido os cuidados médicos adequados por ausência de profissionais especializados e de equipamento adequado, que deixaram de existir com o fecho da Urgência».
Doente morre em Valença: ministra recusa relação com fecho de urgências
A ministra referiu «não haver qualquer razão» para que «cada cidadão não tenha médico para o próprio dia quando necessita», relativamente à situação dos serviços de saúde no Alto Minho.
«Toda a população tem médico de família e o número de utentes por médico de família é inferior ao que é considerado mínimo no restante país», salientou Ana Jorge.
A ministra insistiu na ideia de que o Governo «não fechou urgências, mas abriu urgências», indicando que a região do Alto Minho tem neste momento dois serviços de urgência básica, um serviço de urgência médico-cirúrgica e quatro ambulâncias de suporte imediato de vida.
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Valença: «Eles não sabem de saúde o suficiente», diz ministra
- Redação
- VG
- 7 abr 2010, 14:58
Ministra não reconhece validade às conclusões da comissão de utentes
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