Em entrevista à Antena 1, Sampaio diz que este
Governo «não se padece de nenhuma predisposição para ser dissolvido, nem mais nem menos do que qualquer outro com que trabalhei.»
A frase caiu mal na direcção do PS porque acaba por desmontar o argumento de José Sócrates segundo o qual o Executivo carece de legitimidade por não ter saído de um acto eleitoral e ainda pelo facto de o primeiro-ministro não ter sido eleito líder do seu partido em congresso.
O mal-estar foi verbalizado ontem pelo próprio José Sócrates, num intervalo da primeira reunião do num intervalo da primeira reunião do Conselho Económico e Social do PS, no Centro Cultural de Belém.
Questionado sobre a entrevista do Presidente, Sócrates, citado pelo Jornal Público, decidiu-se pela reafirmação da sua tese, tornando assim claro que discorda do Presidente.
Segundo disse, o primeiro-ministro «está diminuído na sua autoridade» por não ter sido eleito. E acrescentou: «Este primeiro-ministro não foi votado pelos portugueses. Está sempre diminuído na sua autoridade porque não foi a votos e só a legitimidade política dá a autoridade.» Para o novo líder socialista, «há uma diferença entre a legitimidade formal e a legitimidade política. O primeiro-ministro não foi votado pelos portugueses», insistiu.
Entrevista de Sampaio irrita direcção do PS
- Redação
- PGM
- 17 out 2004, 08:38
Começou mal a cobitação Sampaio-Sócrates. Em causa está a afirmação do Presidente da República, de que o actual Governo «não está em diferentes condições de outros no que respeita à sua apreciação».
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