Bagão considera que medidas para banca são «espuma»

O ex-ministro questiona-se sobre o facto de «as medidas que José Sócrates anunciou no debate parlamentar, em primeiro lugar parece-me que se as medidas eram tão importantes porque é que não estavam no projecto da Proposta de Lei do Orçamento feita 15 dias antes», à margem do Seminário «(In)Segurança Social: o debate continua».

E neste sentido, tece dois comentários, «das duas uma, ou eram importantes duas semanas antes, e o Primeiro-ministro e o ministro das Finanças lembravam-se e punham lá, ou não eram importantes, e de facto foi possível fazer um discurso parlamentar, uma intervenção de medidas que na minha opinião são espuma, ou seja para inglês ver».

Bagão Félix analisa as mediadas apresentadas por José Sócrates numa perspectiva de que «temos chamado privilegiados aos funcionários, reformados, aos polícias, agora temos que virar para a banca. O que me parece positivo, mas com duas medidas que são ineficientes. Uma já existe, está no artigo 38 da lei geral tributária, outra já há condições, que é um problema de fiscalização, e actualmente a lei já permite que a fiscalização do planeamento fiscal possa ser feita», finaliza o mesmo responsável.