Benfica vai apresentar queixa contra FC Porto

Depois de uma reunião entre direcção do clube e da SAD para analisar as incidências do encontro da sexta jornada da Superliga de futebol, no Estádio da Luz, os responsáveis do Benfica voltaram a criticar a actuação do árbitro Olegário Benquerença.

Após a recepção dos documentos sobre a arbitragem do «clássico», o clube lisboeta promete apresentar exposições à Liga Portuguesa de Futebol Profissional e à Comissão de Arbitragem da mesma, dando conhecimento das mesmas à FIFA e à UEFA, além de ir «solicitar audiências ao ministro-adjunto do Primeiro-Ministro, com a tutela do Desporto, e ao ministro da Administração Interna».

«Dado o incompreensível silêncio das autoridades desportivas e daquelas que, no desempenho dos seus cargos políticos, apressadamente comentaram questões prévias ao jogo sobre as quais demonstraram, aliás, uma ignorância completa, entenderam a Direcção do Clube e a Administração da SAD reiterar a sua convicção de que algo tem que mudar drasticamente no futebol português», lê-se num comunicado.

Segundo o texto, o Benfica «aguarda, com urgência», o envio dos «relatórios do árbitro do encontro, do observador e da comissão de análise referidos documentos para poder expor a quem de direito as razões que lhe assistem», referindo-se aos lances duvidosos ocorridos na derrota caseira diante dos bicampeões portugueses, na sexta ronda da Superliga de futebol.

Após a leitura do comunicado conjunto, Rui Cunha, em representação da SAD, e Rui Santos, vice-presidente das «águias», lançaram mais alguns esclarecimentos sobre o que pretendem os dirigentes do clube da Luz.

«Exigimos, desde já, que os árbitros que erram com frequência sejam punidos. O que não pode acontecer é estes árbitros acabarem por ser depois recomendados à UEFA e à FIFA", afirmou Rui Santos, acrescentando que as motivações do Benfica, como "maior instituição desportiva portuguesa», passam pela defesa do futebol e do desporto lusos.

Os mesmos responsáveis referiram também que as próximas acções a serem desencadeadas são justificadas «pelo respeito que merece o espectáculo, o negócio e os adeptos de futebol, quem, no fundo, sustenta a indústria».