Governo sueco prevê pior recessão dos últimos 70 anos - TVI

Governo sueco prevê pior recessão dos últimos 70 anos

Bandeira Suécia

Quebra de 4,2% será a pior desde a Segunda Guerra Mundial

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A Suécia vai conhecer este ano uma recessão severa, com uma quebra de 4,2 por cento da riqueza produzida, a maior deste o início da Segunda Guerra Mundial, segundo novas previsões do governo esta quarta-feira divulgadas.

Segundo a agência Lusa, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) vai traduzir-se por um forte aumento do desemprego, que poderá chegar quase aos 12% em 2011, segundo as mesmas previsões.

O crescimento deverá no entanto regressar em 2010, mas a um ritmo muito fraco (0,2%), e depois mais sustentado em 2011 (2,4%), anunciou esta quarta-feira o Ministério das Finanças. Em 2008, o PIB recuou 0,2%.

Segundo Estocolmo, as perspectivas negativas vão levar ao regresso de um desemprego em massa ao nível da crise do início da década de 1990, após um primeiro aumento de dois pontos no início de Agosto, o desemprego, nos 8% em Fevereiro, deverá passar a 8,9% deste ano, depois a 11,1% no próximo para culminar nos 11,7% em 2011.

«A política económica enfrenta desafios muito grandes. Mas a nossa posição é clara. Devemos combater a crise protegendo as finanças públicas», declarou o ministro das Finanças, Anders Borg, num comunicado.

Os défices públicos deverão no entanto subir para 2,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano, ultrapassar os três por cento no próximo ano e em 2011, contra um excedente de 2,5 por cento em 2008.

Só o início da Segunda Guerra Mundial teve um impacto mais devastador sobre a economia da Suécia, então um país neutro, com uma recessão de 9%.

Exportações em queda a pique

Como o seu vizinho finlandês, que reviu recentemente em forte baixa as suas previsões, com uma previsão de recessão de 5%, a Suécia sofre as consequências da crise industrial e do desmoronamento do comércio mundial.

Durante os primeiros meses de 2009, as exportações foram inferiores em mais de um quarto ao nível do ano anterior.

A grave recessão que atravessam os países bálticos pesa também sobre os bancos suecos a começar pelo Swedbank e SEB, muito presentes na outra margem do Báltico.
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