O Facebook baniu dezenas de indivíduos e grupos com ligações aos movimentos da extrema-direita, no Reino Unido. Em comunicado, a organização justificou a ação, dizendo que ideias que “espalhem o ódio” não têm lugar na rede social.
O Partido Nacional Britânico e o político britânico Nick Griffin, que representou Inglaterra no Parlamento Europeu, entre 2009 e 2014, e é o líder dos movimentos de extrema-direita English Defence League e the National Front, figuram na lista de contas banidas.
O Facebook esclareceu que todos estes utilizadores proclamavam uma “missão de ódio e violência”.
“Indivíduos e organizações que espalhem o ódio, que ataquem ou proclamem a exclusão de outros como base das suas identidades, não têm lugar no Facebook”, pode ler-se no comunicado, citado pela BBC.
Um porta-voz da rede social clarificou, em entrevista à mesma publicação, que todos os indivíduos e páginas presentes na lista irão deixar de ter presença e acesso a qualquer serviço do Facebook. Para além disto, vai ser proibido o apoio a estes grupos e pessoas.
Yvette Cooper, membro do Partido Trabalhista do Reino Unido, aplaudiu a iniciativa da plataforma.
“Durante muito tempo, as empresas de redes sociais têm facilitado o extremismo e o conteúdo que apela ao ódio online e têm lucrado com este veneno. Falharam, particularmente, com os movimentos de extrema-direita, uma vez que não têm os mesmos sistemas de coordenação para as plataformas que trabalham juntas, como têm para o extremismo islâmico”.
De acordo com a BBC, estas medidas foram tomadas depois do Facebook ter afirmado que iria bloquear todos os que “adorasse, apoiassem e representassem o ‘nacionalismo branco’ e o separatismo”, na conta do Instagram.