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Ucrânia: sites do governo atacados

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Problema verificou-se depois de uma operação das autoridades contra um popular serviço de partilha de ficheiros

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Os sites do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e do Ministério do Interior do país foram atacados, depois de ter sido encerrado um popular site de partilha de ficheiros.

O Ex.ua era usado por milhões de cibernautas ucranianos para descarregar filmes, música e programas informáticos de forma gratuita. Mas depois de as autoridades terem considerado que estavam a ser violados os direitos de autor, o site foi encerrado.

De acordo com a agência Reuters, a medida foi recebida com muita contestação e em resposta os sites governamentais foram «bombardeados com pedidos de acesso automáticos, que sobrecarregaram os servidores, ultrapassando a sua capacidade de resposta, e colocando-os em baixo.

«Pessoas não identificadas têm atacado o site oficial do presidente da Ucrânia deste a noite passada», disse a porta-voz de Viktor Yanukovich, Darka Chepak, no seu blogue, salientando que o site do Ministério do Interior «também ficou em baixo devido ao ataque».

Esta semana a polícia anunciou que foi feita uma rusga a um local onde o Ex.ua tinha servidores e que foram apreendidos computadores e encerrado o serviço.

Esta operação seguiu-se a queixas pela violação de direitos de autor, que foram interpostas por empresas de software, como a norte-americana Adobe.

A Reuters salienta que com um rendimento médio mensal de 250 euros são poucos os ucranianos que podem comprar música, filmes ou programas informáticos, e que, por isso, recorrem a este tipo de sites de partilha para obter estes produtos.

A agência indica que a pirataria é um problema enraizado até nos organismos do estado, salientando que muitos deles têm instalado nos seus computadores programas copiados, apesar da lei exigir que estejam todos legalizados.

O governo admite o problema, mas diz que está já a resolvê-lo. «O processo de legalização está em curso, não só no Ministério do Interior como em outros organismos do estado», disse o porta-voz ministerial, Voloymyr Polishchyuk.
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