Governo rejeita aumento de desigualdades sociais

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, refutou esta quinta-feira que as desigualdades sociais e o risco de pobreza se tenham agravado em Portugal.

Teixeira dos Santos, que esteve a ser interpelado na Assembleia da República pelos deputados exactamente sobre estas matérias, diz que o Índice de risco de pobreza diminuiu de 20 por cento em 2005 para 18% em 2006, lembrando que cada ponto representa 100 mil portugueses.

«Como se pode constatar pelo índice de risco de pobreza, pelos números da distribuição da riqueza, pelo aumento do rendimento real disponível dos portugueses (que aumentou desde 2005), Portugal tem vindo a dar bons passos» contra as assimetrias sociais, afirmou o governante, sublinhando ainda que «estamos melhores que Itália ou Espanha e iguais à Irlanda».

Aumento da retribuição mínima para 500 euros é «importante»

Uma das medidas que o ministro destacou como importante para o combate à pobreza foi o compromisso que este Governo assumiu de «aumentar a retribuição mensal garantida para 500 euros até 2011».

Ainda assim, quis Teixeira dos Santos lembrar que as desigualdades sociais não se combatem apenas com políticas de apoio social, mas também «com educação e formação, que permita aos portugueses mais necessitados uma melhor inclusão social».

Durante a sua intervenção inicial, o ministro afirmou ainda que «o nível médio de rendimento real dos portugueses evoluiu, nos últimos anos, a diferentes velocidades, resultando de um crescimento económico irregular no início da década, mas que está agora a acelerar, tendo atingido 2% no final de 2007, crescimento este que, para além do mais, apresenta uma composição bastante mais sustentável, baseada no comportamento das exportações e da crescente dinâmica do investimento empresarial».

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