Corrida aos televisores LCD dispara com Euro 2008

Os portugueses gostam de ver futebol em ecrãs cada vez maiores. É essa a tendência sentida pelos principais grupos de electrodomésticos que viram, nas últimas semanas, o negócio disparar por causa do Euro 2008.

Apesar de ser ainda difícil fazer contas, os vendedores contactados pela Agência Financeira falam de «aumentos consideráveis» nas vendas.

A empresa mais entusiasta no negócio é a Worten que refere que só nos LCD de 37 polegadas triplicou as suas vendas neste mês de Maio face ao período homólogo. «Temos uma oferta feita para agradar a todos os nossos clientes, ou seja, oferecemos uma vasta gama de artigos, para conseguir corresponder às diferentes exigências e expectativas. Ainda assim, podemos dizer que, regra geral, os LCD de 32 polegadas são os artigos mais procurados», esclarece fonte oficial da empresa à AF.

Por outro lado, o grupo Media Markt refere uma subida geral de 20 a 25 por cento no sector das televisões, que, a título de exemplo, só na loja de Sintra a procura totalizou os cerca de 600 aparelhos desde o mês de Maio. «Há pessoas que deixam de comprar outros electrodomésticos para adquirirem um LCD», referiu o porta-voz da marca, Francisco Ribeiro.

Procura de plasmas e TV convencionais recua

De acordo com as empresas contactadas, os portugueses preferem aparelhos com tecnologia «HD Ready», por ter ainda um preço mais acessível do que o «Full HD», mas o tamanho e qualidade da imagem são os factores que fazem maior diferença. De acordo com dados da Rádio Popular, a procura dos LCD cresceu 35% nos primeiros cinco meses de 2008, face ao mesmo período do ano passado, mas a procura pelos televisores tradicionais caiu 19%. Por outro lado, os concorrentes plasma também tiveram um decréscimo na ordem dos 20%.

Além do Euro 2008, as marcas estão também atentas aos Jogos Olímpicos da China, mas aí o negócio pode estender-se a outros aparelhos: «Estamos à espera de maior procura também ao nível dos gravadores de DVD neste período, devido à diferença horária das provas», acrescenta Francisco Ribeiro.