“A adesão à greve dos trabalhadores do Metro ronda os níveis das paralisações anteriores, ou seja, perto dos 100%, disse à agência Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
As estações do Metropolitano de Lisboa encerraram às 23:20 de quarta-feira devido à greve de 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa e contra a prevista dispensa de trabalhadores.
De acordo com Anabela Carvalheira, os níveis de adesão dizem respeito aos trabalhadores da parte operacional da empresa que deveriam ter entrado ao serviço às 23:00 de quarta-feira e às 05:30 de hoje.
“Estamos a falar de maquinistas, operadores comerciais, chefias, inspetores, encarregados e os trabalhadores da parte oficinal”, adiantou.
Em comunicado, fonte do Metropolitano de Lisboa informou que a circulação estará suspensa entre as 23:20 de quarta-feira e as 06:30 de sexta-feira devido à greve.
A transportadora informou que a Carris reforçou algumas das carreiras de autocarros que coincidem com os eixos servidos pelo Metro, entre as 06:30 e as 21:00 desta quinta-feira.
As linhas que vão contar com reforço do número de autocarros em circulação são a 726 (Sapadores - Pontinha Centro), a 736 (Cais do Sodré - Odivelas – Bairro Dr. Lima Pimentel), a 744 (Marquês de Pombal - Moscavide - Quinta Laranjeiras) e a 746 (Marquês de Pombal - Estação Damaia).
O Governo aprovou a 26 de fevereiro a subconcessão do Metro e da Carris e, na segunda-feira, revelou que cinco candidatos apresentaram propostas, das quais três são conjuntas às duas empresas.
As empresas interessadas no Metropolitano são a transportadora parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens) e a também francesa Transdev, além da britânica National Express e da espanhola Avanza.
Em declarações à Lusa, no início de junho, o presidente da Transportes de Lisboa, Rui Loureiro, revelou que os contratos das subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris devem ser assinados a partir de 15 de julho.