Azeitão: plátanos abatidos por motivos de segurança

A Estradas de Portugal referiu a debilidade das árvores e a necessidade de salvaguardar a segurança rodoviária para justificar o abate de cerca de duas dezenas de plátanos ao quilómetro 26 da Estrada Nacional 10, em Azeitão.

A Câmara de Setúbal acusou a empresa de ter tido uma intervenção excessiva, por considerar que não havia razão para o abate de dezenas de árvores, adianta a Lusa. O vereador do Ambiente na Câmara de Setúbal, Rui Higino, admitiu apresentar queixa contra a empresa Estradas de Portugal pelo abate dos plátanos.

O autarca mostrou-se «revoltado» com o abate de duas dezenas de plátanos centenários, perto de Vila Nogueira de Azeitão, concelho de Setúbal, defendendo que bastaria ter-se procedido à poda daquelas árvores.

A Estradas de Portugal informou, em comunicado, que o abate das árvores foi decidido na sequência de um acidente de viação ocorrido em Março de 2009, provocado pela queda de um ramo de plátano ao km 26,250 da EN 10.

O documento refere também que os plátanos abatidos apresentavam «sinais de debilidade» que comprometiam a eficácia de uma intervenção de reabilitação.

«Dado o porte das árvores e a sua localização, e tendo em conta a excepcionalidade das condições meteorológicas ocorridas no passado Inverno, esta situação exigia uma actuação rápida que salvaguardasse a segurança dos utentes da via, o que foi igualmente reiterado no passado mês de Abril pela Câmara Municipal de Setúbal», informa o comunicado.

A Estradas de Portugal refere que a Câmara de Setúbal solicitou uma «avaliação conducente ao desbaste, ou eventualmente, ao abate dos plátanos», invocando um parecer da Protecção Civil, que levantava também sérias dúvidas sobre o estado decrépito das árvores em questão.

O comunicado adianta que «está prevista a plantação de novos exemplares, que se pretende levar a efeito no âmbito de um projecto de requalificação da área em causa (antigo parque de merendas), situação a acordar com a Autarquia».

A Estradas de Portugal conclui que o abate dos plátanos «confirmou a podridão que já se encontrava instalada, não só ao nível dos ramos, mas também ao nível do tronco principal».