Urso polar ainda pode ser salvo - TVI

Urso polar ainda pode ser salvo

Até o urso teve direito a uma prenda, neste dia especial

Estudo revela que degelo do Ártico poderá ser reduzido caso indústrias reduzam nível de emissão de gases nas próximas duas décadas

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A redução das taxas de emissão de gás e a consequente diminuição do efeito de estufa poderão ainda chegar a tempo de salvar os ursos polares e Árctico, revelou esta quinta-feira um grupo de cientistas norte-americanos.

Segundo o estudo publicado no último número da «Nature», a velocidade do derretimento dos blocos de gelo da Antárctida - que servem de habitat ao animal - poderá regredir caso a taxa de libertação de carbono para a atmosfera sejam reduzida nas duas décadas seguintes.

Recorda-se que o rápido derretimento dos blocos de gelo na Antárctida deixou, nos últimos anos, o urso polar em risco de extinção. Um estudo publicado em 2007 conduzido pelo «US Geological Survey» avançava que pelo menos dois terços dos 22 mil ursos polares desapareceriam até 2050.

Agora, um estudo conduzido pela mesma instituição assegura que a conclusão fatalista do estudo anterior poderá ser evitada se as entidades industriais cortarem rapidamente as emissões de carbono.

O grupo de cientistas argumenta que para esta conclusão foi fundamental a descoberta de que o «tipping point», ponto que indica já não haver retorno», afinal não existe. As conclusões foram retiradas através de simulações da evolução do gelo ao longo do tempo segundo o nível de emissões de carbono.

«Neste trabalho tentamos verificar o que aconteceria se permitíssemos a subida das taxas de emissões de gases onde alguns casos de rápida perda de gelo começou a ocorrer e depois parámos a subida àquele ponto», explicou o líder do projecto de investigação, Steven Amstrup, à BBC.

O cientista adiantou ainda que, ao fazer isso, verificou-se uma «recuperação substancial e o gelo marítimo manteve-se ao longo do século»

«A boa notícia para o urso polar é que não passamos esse ¿tipping point¿ para além do qual os ursos polares e o seu habitat não poderiam recuperar», concluiu.

Os ursos polares são considerados uma espécie em vias de extinção desde a publicação do estudo elaborado pela equipa de Steven Amstrup, uma medida reivindicada há vários anos pelos ambientalistas.

Apesar da recente mensagem optimista, a espécie continua a enfrentar outros perigos, como a possível exploração dos seus habitats por empresas petrolíferas.

Um dos exemplos desta ameaça é a possibilidade da Shell começar a perfurar algumas zonas de um habitat protegido para ursos polares na Antárctida, recentemente cedido pelo governo norte-americano.
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