No «Dois às 10», a convidada explica que foi complicado lidar com a morte do pai, apesar de ser psicóloga e saber as ferramentas teóricas para uma situação como a que passou.
Sofia Santos Nunes perdeu o pai para o suicídio. Enfrentou todas as etapas: a negação, o choque, a raiva e a tristeza. É psicóloga e achava que sabia tudo sobre depressão e suicídio, mas quando ‘lhe tocou’ percebeu que não. Sofia admitiu que procurou durante muito tempo as razões, explicando que ficou revoltada com o pai: «Fiquei com muita raiva».
A convidada não conseguia entender os motivos da morte do pai, e viveu algum tempo frustrada. Procurou encontrar ajuda e viajou para os Caminhos de Santiago e para a Colômbia com o intuito de perdoar o pai e perdoar-se a si mesma, porque acreditava que podia ter feito mais para evitar o fatídico desfecho. Foi quando regressou das viagens que criou a Associação «Sobre Viver Depois do Suicídio»: «Ao partilhar a dor, ela torna-se mais leve».
Sofia descreveu a boa relação que tinha com o pai e recordou várias memórias com saudade.