Joaquim recorda choque: «Não vimos ninguém vivo, as hienas comiam os corpos mas deixavam as cabeças»

  • 7 mar, 11:57

No «Dois às 10», conhecemos a história de Joaquim Coelho que recorda alguns dos momentos que viveu na Guerra Colonial, para onde foi com 20 anos. Fala-nos do primeiro choque, chegar e não encontrar ninguém vivo, só existiam cabeças. Depois as emboscadas, os confrontos frequentes com o inimigo, confessa que durante muito tempo não conseguia dormir, devido aos fantasmas que trouxe com ele. Refere que, já em Portugal, quando ia às Romarias só o cheiro a pólvora remetia-o logo para as emboscadas. Por fim, fala da cicatriz que tem na perna revelando que essa dor passou, mas a psicológica não e que nunca vai passar. Há coisas que ficam. Joaquim é um ex-combatente da Guerra Colonial que garante que ninguém veio de lá igual, que aquilo que viu, ouviu e sentiu lá jamais se lhe apagará da memória. Ainda hoje há sons e cheiros que o transportam para os tempos de guerra, além de recordar e descrever com precisão alguns dos episódios que lá viveu. Durante anos não festejou o próprio aniversário e garante ter tido na escrita uma amiga que lhe permitiu suportar o terror em que viveu e ao qual assistiu durante o tempo que lá esteve.

 

Conversas

MAIS

Mais Vistos

Mais Vistos Goucha

Signos

Receitas

Fora do Estúdio

Fotos