Marta Nogueira recorda o incidente que a deixou com sequelas graves para o resto da vida.
Tudo começou como muitas outras histórias de juventude e adolescência: Marta apaixonou-se por um indivíduo, mas a mãe desde início que não aprovou aquele relacionamento. «Nunca gostei da cara daquele bandido», chegou a dizer Maria da Luz, mãe de Marta. No entanto, o relacionamento continuou em segredo.
Um dia, Marta apareceu tristonha em casa e tudo indica que teriam terminado nesse dia, apesar de não ter partilhado muito com a mãe. No dia seguinte, nada iria prever a chamada recebida por Maria da Luz: «Matei as duas... ela não é minha não é de ninguém». O ex-namorado de Marta tinha baleado a jovem e a prima que a tentou defender.
Maria da Luz dirigiu-se ao hospital acreditando que ambas as jovens estavam sem vida, mas acabou por receber a notícia de que a sua Marta tinha sobrevivido. No entanto, com um diagnóstico bastante reservado, a esperança dos médicos para a recuperação de Marta era bastante limitada. Primeiro não acreditaram que sobreviveria e, posteriormente, que não ficasse permanentemente em estado vegetativo.
Ainda assim, com muita terapia e força de vontade, Marta vive há 8 anos com duas balas alojadas na cabeça e de forma consideravelmente independente. A terapia terá de ser constante e Manuel Luís Goucha não deixou que a convidada saísse da conversa sem, pelo menos, mais 10 meses garantidos por ele. Saiba também aqui como pode ajudar.