Mãe e três filhos autistas ralatam violência doméstica: «Tenho marcas no corpo até hoje»

  • 14 ago 2023, 19:44

Maria de Fátima Fanha e Rafael Delgado relatam os anos de abuso que viveram com o respetivo marido e pai.

Como a maioria das histórias de violência doméstica, Maria de Fátima Fanha recorda o início do seu relacionamento com o marido de forma pacífica, descrevendo-o até como «cavalheiro e sedutor». No entanto, tudo viria a mudar com o casamento.

Depois do matrimónio, o marido de Maria de Fátima «mudou» para uma pessoa desagradável que, segundo a própria, deliberadamente destratou amigos e familiares da esposa para que estes de afastassem da mesma.

Tudo piora com a primeira gravidez do casal. Maria de Fátima relata que foi nessa altura que «começou a violência emocional, alimentar, financeira e psicológica». Segundo a convidada, todo o seu salário era gerido pelo companheiro, que o transferia para contas secundárias e, mesmo grávida, «só podia comer arroz de grelos e batatas, não podia gastar mais dinheiro».

Rafael, o primeiro filho do casal, afirma recordar-se dos abusos físicos desde os cinco anos de idade. O jovem recorda ser espancado até parar de se mexer, afirma ter «marcas no corpo até hoje» e confessa nunca ter sido qualquer tipo de amor pelo progenitor. Alguns anos mais tarde e com mais dois filhos, todos com Síndrome de Asperger, Maria de Fátima toma a decisão de abandonar a casa após um grito de desespero de Rafael: «Ou acabo com a minha vida ou acabo com a dele».

O filho mais velho do casal recorda ser levado, de forma forçada pelo progenitor, juntamente com o irmão mais novo, para realizar «rituais satânicos» e «disparar armas». Maria de Fátima afirma que o pai dos filhos não paga pensão de alimentos e os continua a perseguir diariamente.  «Não vais ficar com um único tostão e nem os filhos te sobram... tudo o que te fiz, vou incriminar-te de teres feito», afirma ter ouvido a convidada do pai dos filhos.

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