O cantor foi o convidado da segunda parte do programa e não deixou nada por dizer!
Esta quarta-feira, dia 13 de março, recebemos José Cid, que aos 82 anos conta com uma carreira repleta de êxitos e sucesso. No seguimento da entrevista com a cantora Iolanda, que venceu o Festival da Canção 2024, o nosso convidado começa por recordar as suas várias participações nesse mesmo evento e de como era tão diferente, comparativamente aos tempos atuais. Com uma idade considerável, José Cid explica-nos como lida com o tempo a passar na sua vida e afirma, sem reservas, que o grande projeto da mesma é 'cantar', nunca tendo aberto muito espaço para explorar a 'vida boémia', algo tão característico da vivência dos artistas.
Ao recordar a sua relação com os pais, o cantor assume que nunca deixou que os pais tivessem planos de vida para si, e sempre foi muito fiel ao seu desejo de cantar, ofício e talento este que fora muito apoiado pela irmã mais velha, ao contrário dos pais. José Cid afirma mesmo que esta irmã, da qual admite ter muitas saudades, foi a sua « verdadeira mãe». Quanto à sua mãe biológica, o artista revela que «não é importante para si», e explica-nos o porquê dessa relação tão conturbada, sendo que foi enviado várias vezes para um colégio interno.
Com raízes assumidamente da aristocracia, José Cid revela: «Eu não sou republicano, eu sou monárquico, sou mas não sou... Sou representante de dois títulos. mas não os uso, acharia ridículo fazê-lo. A minha carreira é que fala por mim, eu não aceito a ideia de que só porque nasci num patamar muito alto, isso não significa que me aproveite disso».
No decurso da conversa, José Cid fala-nos de Portugal antes do 25 de abril de 1974, onde estava instaurada uma ditadura, e recorda a violência infligida ao seu sogro. Depois, o cantor faz revelação sobre a sua companheira Gabriela, com quem está junto desde 2013: «A Gabriela quer-se esquecer porque durante muitos anos, ela foi uma pessoa muito triste porque viu muitos dos seus familiares a serem assassinados. Ela própria não foi assassinada por milagre! Ela esteve de metralhadora em punho a defender Timor!», remata.