No programa Goucha, conhecemos a história de Sílvia Pinto, uma mulher de 30 anos que abriu o coração sobre uma vida repleta de desafios desde a infância.
Filha de pai incógnito, Sílvia Pinto compartilhou como foi retirada aos 12 anos pela proteção de menores, após uma professora de educação física notar marcas no seu corpo. Sílvia reflete sobre essa fase difícil, afirmando: "Foi a melhor solução".
A entrevista expõe a dura realidade dos maus tratos que Sílvia sofreu por parte do padrasto desde os 4 anos. As agressões físicas, muitas vezes sem razão aparente, incluíam humilhações como o corte forçado do cabelo “à moço”. Sílvia Pinto recorda: "Eram agressões físicas, eram frequentes e era obrigada a certas situações como cortar o cabelo à moço, cabelo rapado."
Aos 18 anos, ao deixar a instituição Sílvia enfrentou um período sombrio de desespero que a levou a tentar pôr fim à própria vida. Durante o internamento, uma revelação surpreendente abalou sua identidade: "Sempre pensei que o senhor que me registou fosse meu pai." Expressando o desejo de entender as razões do abandono, a convidada admitiu: " Quem não gostaria ter um pai ou uma mãe? Com amor e com o carinho que toda a menina quer ter?"
A trajetória de Sílvia é uma emocionante jornada de resiliência e busca incansável por respostas. Sílvia Pinto confessa que "silenciou as agressões" que suportou durante a infância. Mesmo os vizinhos, que ela considerava a sua família mais próxima, denunciaram o padrasto. No entanto, segundo a convidada, a situação atingiu um ponto em que até mesmo os vizinhos temiam a figura dele.
Apesar de tudo, Sílvia compartilha com Manuel Luís Goucha o desejo fervente de escapar, motivada por uma razão poderosa: o seu irmão mais novo. Emocionada até às lágrimas, a convidada revive o dia angustiante em que foi separada da família: «Na despedida, o meu irmão agarrou-se às minhas pernas, a chorar, dizendo 'Oh mana, não vás', e eu fui."
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