Na segunda consulta popular à despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) até às 10 semanas, a abstenção continuou a ser a detentora dos maiores números mas os resultados inverteram-se: o «sim» venceu ao «não», que obteve um resultado inferior ao que o «sim» conseguiu há nove anos.
Na primeira consulta sobre a despenalização da IVG, em 1998, o «não» ganhou com 50,07 por cento, contra os 48,28 por cento do «sim», apesar de o resultado não ter sido vinculativo, uma vez que participaram menos de 50 por cento dos eleitores. A abstenção atingiu o valor recorde de 68,11 por cento.
Neste segundo referendo, que se realizou este domingo, dia 11 de Fevereiro, a abstenção continuou a impedir que o resultado fosse vinculativo: 56,4 por cento, segundo os resultados finais oficiais.
No entanto, desta vez o «sim» ganhou com 59,25 por cento ao «não», que se ficou com 40,75 por cento.
Uma vez que a elevada abstenção fez com que o resultado da consulta não fosse vinculativo, a lei da despenalização da IVG até às 10 semanas vai ser votada em Assembleia da República.
Cerca de 8,7 milhões de eleitores estavam recenseados para a consulta popular deste domingo. Este segundo referendo mobilizou mais 1.142.110 votantes do que a consulta popular de 1998.
Segundo dados do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Elei toral (STAPE), houve um total de 3.851.613 votantes, face aos 2.709.503 da consulta popular de 28 de Junho de 1998.
Referendo: compare resultados de 1998 com 2007
- Portugal Diário
- 11 fev 2007, 22:03
Na primeira consulta, «não» venceu. Abstenção de mais de 50 por cento nas duas consultas
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