Patrões: só grandes obras públicas devem avançar

Três das grandes associações empresariais de Portugal uniram-se para apresentarem ao Governo e à sociedade uma nova estratégia e um novo modelo de desenvolvimento para o País, nesta altura de conjuntura difícil. Um dos pilares passa por estabelecer prioridades nas grandes obras públicas.

Em conferência de imprensa conjunta, a Associação Industrial Portuguesa Confederação Empresarial (AIP-CE), a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), defenderam que «os grandes investimentos públicos devem ser priorizados sequencialmente, tendo em conta a dificuldade do actual momento financeiro e económico internacional, devendo-se avançar primeiro com infra-estruturas que permitam melhorar a atractividade do território e potenciar o posicionamento geoestratégico de Portugal».

Entre os projectos que as associações consideram prioritários estão o novo aeroporto, em Alcochete, e o eixo ferroviário Norte-Sul em alta velocidade. E dizem que há ainda que desenvolver os portos de águas profundas e assegurar a sua ligação ao centro da Europa.

Para as associações patronais, o actual modelo estratégico de Portugal está «em situação de pré-falência» e, por isso mesmo, defendem a necessidade de ser criado um novo modelo.

Unidas, propõem «uma nova estratégia para o País», que visa uma nova dinâmica das actividades económicas, prevê pólos de competitividade, uma aposta na qualidade da formação dos recursos humanos, a exploração dos oceanos, o aproveitamento das infra-estruturas existentes, parcerias internacionais nas áreas em que isso for essencial para avançar com grandes projectos e várias reformas estruturais, incluindo a da Administração Pública.