Acções do BCP enfrentam três semanas de incerteza - TVI

Acções do BCP enfrentam três semanas de incerteza

Millennium BCP

Depois do caos na Assembleia-geral (AG) do BCP, que teve de ser ontem adiada, devido a uma falha informática, as acções do maior banco privado português vão ficar marcadas pela «incerteza».

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Segundo garantiu o analista da Lisbon Brokers, John dos Santos, à «Agência Financeira», «agora não se espera muito do título» que vai estar «marcado pela incerteza durante as próximas três semanas». Isto porque a AG do BCP foi remetida para o próximo dia 27 de Agosto, às 15h30.

Jonh dos Santos refere que «a volatilidade inicial» que ocorreu quando os investidores começaram a comprar acções para participarem na AG, agora «perdeu-se». O enfoque agora passa a ser a própria Assembleia-geral.

Até lá as acções do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto até podem reagir, mas isto se «pontualmente forem surgindo notícias de ambos os lados» que as suportem.

Confrontado pela «Agência Financeira» sobre um possível cenário de derrota e saída de Paulo Teixeira Pinto, o analista considerou improvável que os accionistas que apoiam o actual presidente do BCP possam «abandonar o barco».



«Não é muito provável que eles (accionistas ligados a Teixeira Pinto) vendam inesperadamente. Não é tão linear que aconteça mesmo depois de avançado o modelo de governação». Isto porque segundo John dos Santos, «ficou bem explícito que estão a apoiar, essencialmente, um modelo de governação» para o maior banco privado nacional.

Sobre a polémica falha no sistema relacionado com a leitura dos votos secretos e com a dos boletins normais, o analista refere que «essas coisas acontecem» e que «dentro do que tem acontecido, não é de estranhar».

As acções do BCP seguem a perder 1,09% para os 3,62 euros, com mais de 7 milhões de acções negociadas.
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